Histórias de Capoeira e de Rodas

    Aqui contaremos um pouco da história da capoeira de Mato grosso, contadas através da vivencia deste professor, e de histórias que amigos nossos nos contaram.

    Vamos começar com a história deste professor, vou contar um pouco do que se passou na minha vida dentro da capoeira.

    Aos 05 anos de idade foi o meu primeiro contato com a capoeira, por ser desde criança agitado, minha mãe me colocou para treinar capoeira com o professor bozó, que mudou se em frente a minha casa, treinei pouco tempo com ele, mas ja aprendi muita coisa.Foram os meus primeiros passos, desde então comecei a ter mais coordenação motora, a memorizar coisas mais rápido que outras crianças, isso foi bom para o meu crescimento.

    Logo aos 07 anos meu primo me convidou para treinar com o Mestre Chum, e la fui eu treinar com o mestre Chum que na época era apenas professor, voltei a treinar de novo a arte que me encantava e me encanta até hoje.

    Treinava mos em um colegio chamado Joarez Sodré, e denominavamos como coleginho, esse colegio ficou muito conhecido, por causa da capoeira praticada ali, uma capoeira mais dura, com ensinamentos mais rígidos, o Mestre colocou uma forma militar de ensinar a capoeira, e tudo que aprendeu com o seu Mestre que aprendeu com seu Mestre e assim por diante.

    Nessa época tinham os mais velhos, lembro me bem do Chito que eu vibrava quando ele entrava nas rodas, nos treinos, subia pelas paredes e dava saltos que eu nunca tinha visto antes, o meu primo mais velho também o Cobra, muito astuto e perigoso na roda, seu jogo mais rude de jogar capoeira, também tinha meu outro primo Luis peito de pomba, muito malandro na roda, e malvado também, não importava o tamanho que ele colocava no chão assim mesmo, dizia que era pra aprender mais rapido, tinha também o Joilson caga osso, e o Joilson Mola, que por sua vez tinha os seus irmão mais novos, airton rasteirinha, edilson Chitapi, tinha também o Reginaldo o cabeleira, com esse que era esquentado igual a mim na época trocavamos muito conhecimento de  capoeira na roda quando nos encontrava mos nela, tinha o Alexandre ¨Alê peninha¨, maximilliam o ¨Miler¨ que também era meu primo, o que me levou para treinar com o Mestre, tinha também, juliana onça onça, Flavia, Nlisangela, nani, Paola, Jamil, Touro ah, o meu amigo Josuél o ¨Tuel¨, e nesse interim entraram varios outros, tinha o Miro ¨Mirinho¨ era o nosso xodó, bom capoeirista, pegou sua corda de instrutor bem novo, pois ja conhecia a malícia da capoeira e muitos outros que passaram por ali.

    A familia era bem maior,só que esses eram os mais antigos.O Mestre Jorge aparecia sempre com seu estilo militar também, com sua cara de mal, com aquele bigode que usa até hoje, mas tinhamos um medo do Mestre Jorge mais ainda do que do Mestre Chum, não só o medo como o respeito, pois o treino dele era bem mais puxado e todo vez que ele passava treino sabiamos que iría ter o esquenta banho e a emboscada.

    Tanto o Mestre Chum quanto o Mestre jorge colocava nos, para treinar  com 3, 4 e  5 contra 01 dentro de uma sala de colegio trancada, e fora dela, e tbém quando o treino era a noite com a luz apagada, era bem complicado , mas serviu muito para nós, como uma aprendizagem para a vida. Serviu para a nossa vida, aprendemos que não importa as dificuldades sempre tem uma saída.

Esse é só um pouco do nosso ensinamento.

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Mais um conto: VagaLume

    Um certo dia estava na cidade de Chapada dos Guimarães, eu ja estava algum tempo na cidade trabalhando com o meu pai e dando aulas de capoeira para os jovens, morava em uma casa, casa essa do meu tio que estavamos construindo no bairro São Sebastião.

    Numa certa noite saí com a galera e cheguei um pouco mais tarde, então no outro dia com certeza iría acordar um pouco mais tarde, só que lá pelas 07:00hs da manhã apareceu um amigo, minha casa estava trancada e não sei como ele entrou, sei que entrou e me acordou com um peteleco no p...., é acordei assustado, e o cabra sorrindo, perguntei como ele teria entrado na casa e me respondeu coisa nossa, e caiu na risada.

    Mas assim mesmo achei estranho, e já cedinho me convidou pra tomar uma cerveja, estranhei mais ainda, porque ele não bebia a muito tempo, e logo perguntei porque queria beber naquele dia? e me respondeu que estava feliz, e queria beber.

    Sendo meu grande camarada, irmão de fé e professor saimos e fomos para uma lanchonete na esquina de casa, depois mudamos para um outro barzinho.Começamos a beber uma gelada, la pelas 09:00hs da manhã, conversamos muito, ele tinha uma situação mal resolvida na cidade, por causa de uma garota.

    Antes de eu chegar na cidade o meu amigo, tinha arrumado uma briga com um filho de um fazendeiro da região, tomou a namorada do baita, o mesmo achou ruim e foi procurar sarna pra se coçar logo aonde, com esse meu amigo, que era um eximio capoeirista, e tinha uma cabeçada que derrubava ¨elefante¨, sairam no tapa, e a cabeçada saiu, levando o filho do fazendeiro a nocaute, e o deixando alguns dias na u.t.i de um hospital.

    Voltando ao barzinho, estavamos bebendo tranquilo, eu  o meu amigo, um aluno conhecido por gigante e o sol, quando derrepente chegou uma caminhonete C-10, lotada de peão, nós sentados na nossa mesa, foram logo descendo os peões, com cara amarrada, eram bem uns 15, chegou o filho do fazendeiro, sentou bem no meio, virou aquela cadeira de ferro ao contrario e sentou, não tirando o olho da nossa mesa, mas até então sem dizer nada.

    Logo perguntei ao meu amigo, eae agora camarada? ele na maior tranquilidade, disse: espere um pouco, estou pensando,foram um minuto e já começou a contar a ideia, pediu que eu mandasse o meu aluno ligar pra policia, revistar todo mundo, não entendi muito bem a ideia dele no começo, mas mandei o meu aluno ligar para o 190, não demorou 5 minutos e a policia ja estava no local, chegou uma guarnição com um Cabo PM, que eu ja o conhecia.

 Ele chegou me dizendo: ja ta querendo rolo irmão, eu logo o respondi: claro que não.Esses rapazes que chegaram com mais de 15 naquela caminhonete, e estão a procurar.

O cabo deu ordem pra que todos fossem revistado inclusive agente, mas ficou para trás o filho do fazendeiro, logo olhei para o cabo e perguntei, ele é melhor que todos? Do nada veio um policial baixinho e me deu uma coronhada com uma cal. 12 no estomago, mas naquela epoca no augi da capoeira, a barriga estava trincada e nao senti nada, mas logo disse ao soldado,  pq fez isso? não devo nada, e falei com educação, me pediram desculpas, e revistaram também o cidadão.

    Não foi mas que 15 minutos e isso ja iam dar 15:00hs, os policiais entraram nas viaturas e saíram, quando viraram a primeira esquina, que era a uns 400 mestros, o meu amigo começou a me dizer, agora sim estamos em vantagem, eu olhei pra ele e disse: como assim? ele me respondeu: eles não estão armados agora eu quero ver quem é homem, e ja foi tirando o chinelo,então entendi a estratégia do meu camarada.

 Partiu como um doido pra cima dos peões, como eu estava junto tive que entrar na dança e o meu aluno também, começamos o maior fuzuê, cadeira pra lá, pé pra cá, pé pra lá, martelo, chapa de frente, cabeçada, soco, ponteira, o maior rebuliço, passado mais ou menos uns 5 minutos alguns ja com olho roxo, outros se arrastando na direção do carro juntamente com o filho do fazendeiro, correram todos na direção da caminhonete que já estava funcionando e andando e os peões correndo atrás, uma cena até engraçada, lembrando depois, mais correram todos e as pessoas que viram isso bateram palmas, e acharam bom, porque eles tinham fama de valentões na cidade, foi depois desse dia que passei a botar mais fé ainda no meu amigo Vagalume.Axé amigo , irmão Vagalume aonde você estiver.Axé!

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LOGO MAIS HISTÓRIAS E CONTOS PARA VOCÊS.